Os Blind Zero nasceram em 1994. O seu primeiro EP
Recognize (1995) esgotou em apenas nove dias e tornou-se uma peça de colecção.
O álbum Trigger (1995), primeiro trabalho de originais, produzido por Ronnie S.
Champagne, um produtor de Los Angeles que havia trabalhado com bandas como
Jane´s Addiction, Alice in Chains, Remy Zero e Deconstruction. O disco teve o
condão de agitar o panorama musical português de uma forma que poucos poderiam
prever: foi dos primeiros discos de Rock de uma banda portuguesa a atingir o
galardão de disco de ouro. O ano de 1996 revelaria uns novos Blind Zero:
Flexogravity (EP), um disco com muito de experimental e de fusão, partilhado
com a banda de Hip-Hop Mind da Gap; Rock, Hip-Hop, Industrial, Trip-Hop,
Cabaret. Esta junção, surpreendente e inovadora para muitos, foi reconhecida
como o EP do ano.
Era altura para um formato mais acústico. Transradio, um
dos primeiros Enhanced CD (CD Extra) europeus, traz-nos o lado mais
introspectivo dos Blind Zero, conjuntamente com muito material interactivo.
Gravado ao vivo na Antena 3, transporta-nos para o lado de dentro das canções,
mutuando-as de encontro à sensibilidade de quem as criou e recriou. Meses mais
tarde, foram convidados para participarem no SCYPE ("Song Contest for
Youth Programs in Europe"), festival que reúne bandas de todo o continente
europeu. Gravando propositadamente um novo original (My House), ganharam o
concurso.
Dois anos após a edição do seu primeiro álbum, os Blind
Zero começam as sessões que resultariam em Redcoast (1997). Redcoast é mais do
que Rock; é uma mistura de ambientes, sons e emoções. Este novo disco foi
produzido por Michael Vail Blum (produtor norte americano que já havia deixado
a sua marca em bandas e artistas como os Suicidal Tendencies, Madonna, Roxy
Music, 3T, Tura Satana, Goo Goo Dolls, Jewel). "Redcoast" foi
masterizado nos estúdios da Sony Music/New York por Mark Wilder, recentemente
galardoado com um Grammy Award.
Em 2002, gravam uma versão de um dos mais emblemáticos
temas de David Bowie, Heroes, para o disco "Mundial 2002".
Os Blind Zero escolheram o mês de Janeiro de 2003 para o
início das sessões de gravação do seu novo disco de originais. A Way to Bleed
your Lover, com produção de Mário Barreiros (Clã, Ornatos Violeta, Pedro
Abrunhosa, entre outros), marca a entrada de um novo elemento para a banda,
Miguel Ferreira. Com participações de Jorge Palma e Dana Colley
(Twinmen/ex-Morphine), este disco é o reflexo de um novo momento. Um novo
imaginário, atitude e um enorme passo em frente na direcção do que de mais
profundo se pode resgatar da melhor tradição de escrita de canções.
Simultaneamente, um outro mapa sonoro, que substitui a aridez do anterior
registo por ambientes mais planantes e trilhos sonoros mais densos e complexos,
onde as emoções e as personagens estão, mais do que nunca, no limite, no
reflexo da pele, entre o negro e as estrelas.
Em Maio, os Blind Zero são convidados pela MTV para
realizar, em Milão, um “MTV Live”. A transmissão deste concerto teve honras de
abertura no lançamento da MTV Portugal. Depois de muitos concertos em grandes
espaços (onde se destaca o memorável concerto do Festival Sudoeste, com a
presença em palco de Jorge Palma), os Blind Zero encetam a Tour de Force, uma
Tour em pequenos espaços pelas dezoito capitais de distrito do País,
reinventando todo um circuito que se encontrava aparentemente adormecido.
Tocando olhos nos olhos, em concertos íntimos e absolutamente únicos.
Em 2004, os Blind Zero comemoraram os seus 10 anos de
percurso, celebrando o acontecimento no Porto, no mês de Março, com um
“Concerto especial 10 anos”, onde para além de uma envolvência única e de
diversos convidados especiais, puderam ser ouvidos temas nunca ou raramente
tocados pela Banda, num espectáculo irrepetível.
Em 2010 lançam o Luna Park que representa o segundo
fôlego dos Blind Zero que não nos param de surpreender neste últimos anos com
uma arquitetura rock FM, que apresenta algumas analogias com as músicas da
década de 80 do século passado.
Fonte: Wikipédia
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