quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Conto de Natal 2010

O Concurso Literário “CONTO DE NATAL 2010” organizado pela Biblioteca Escolar teve uma boa adesão. Concorreram vários alunos das turmas do ensino básico e uma aluna do ensino secundário.

Os elementos do Júri, constituído pelos professores Celeste Rosado, Jorge Santos e Fernando Costa, reuniram-se para seleccionar os melhores contos com vista à atribuição dos prémios aos três melhores contos. Os premiados foram:

1º Teresa Andrade – 9º C

2º Ana Mandigas, Catarina Diogo e Sarah Oliveira - 7º A

3º Joana Campos e Joana Chaínho – 8º A

Os contos premiados foram lidos na festa de encerramento das actividades do 1º período.



Em baixo publica-se o conto vencedor.

Todas estas alunas receberam um certificado de participação e serão contempladas com a oferta de um livro.

Parabéns a todos os alunos participantes e um bem-haja aos professores que colaboraram nesta iniciativa.

Para ver outros contos, clicar aqui

CONTO DE NATAL

Numa aldeia pequenina no meio do Alentejo, vivia um casal que não tinha filhos. Num dia frio de Dezembro, o homem, já com alguma idade, de barbas brancas e barrigudo, andava a passear pela aldeia, e reparou que as crianças estavam tristes por não terem brinquedos para brincar, pois as pessoas que viviam na aldeia não eram muito ricas. Quando chegou à sua humilde casa, disse para a mulher:

- Sabes, tenho pena das crianças da nossa aldeia!

- Porquê? – perguntou-lhe a mulher.

- Porque as crianças não têm os brinquedos para brincar, nem jogos para jogar.

- Temos de fazer alguma coisa! – exclamou a mulher.

- Tens razão! – disse o marido.

O casal pensou, pensou, mas nenhum dos dois chegou a nenhuma conclusão, até que o marido disse:

- Tenho uma ideia!

- Que ideia é essa?! – perguntou a esposa, admirada.

- Vou fazer brinquedos para os meninos e as meninas.

- É uma óptima ideia!

O homem foi à cave buscar madeira, barro, plástico e outras coisas que podia arranjar e com a ajuda da mulher, começou a fazer brinquedos e jogos simples. Foi nessa altura que a mulher perguntou:

- E como os vais entregar?

- Olha, ainda não pensei nisso. – respondeu o homem, afagando as barbas.

- Eu acho que podias ir vestido com alguma fantasia!

- Que fantasia? – perguntou o homem, pensativo. – Já sei! – exclamou o homem, cheio de entusiasmo.

- Ai sim, e como? – perguntou-lhe a mulher.

- Vou vestido de vermelho, e como estamos no Natal, podia ir de Pai… de Pai … Natal! – exclamou com orgulho.

- É uma óptima ideia!

- É isso mesmo que vou fazer! Na noite de Natal, levo um saco enorme e, pelas chaminés, deito brinquedos.

- Que ideia maravilhosa, estou orgulhosa de ti, meu querido! – exclamou a mulher.

E assim foi. Na véspera de Natal, o homem vestiu-se de pai Natal e quando saiu para a rua, viu que estavam seis veados à porta da humilde casa do casal. E então, o senhor teve uma ideia:

- Com um trenó velho, feito de madeira, eu posso prender os veados pelas correias do trenó e eles podem transportar-me.

- Só tu tens ideias maravilhosas! – exclamou a mulher.

O casal fez o que o homem tinha dito e ficou tudo uma maravilha.

Nessa noite de Natal, o senhor de idade e um pouco pançudo, de barbas brancas, foi um óptimo Pai Natal.

No dia seguinte, dia de Natal, todas as crianças estavam muito contentes com os seus maravilhosos brinquedos.

O casal estava muito feliz, e enquanto passeavam pela aldeia, vendo as crianças brincarem, a mulher disse:

- És fantástico, tens de fazer isto, noutros anos.

Sorrindo, o marido, deu-lhe um beijo na face e concordou com ela.

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