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Manuel Alegre
A 12 de Maio de 1936 nasce o poeta Manuel Alegre de Melo Duarte em Águeda. Fez os estudos secundários no Porto. Do Porto, passou para Coimbra, em cuja Universidade foi estudante de Direito, tendo uma grande actividade nas áreas da política, da cultura e do desporto. Destacado elemento dos movimentos estudantis, apoiou a candidatura de Humberto Delgado a presidente da República; foi um dos fundadores do Centro de Iniciação Teatral da Universidade de Coimbra (CITAC) e membro do Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC), foi ainda director do jornal A Briosa, redactor da revista Vértice e colaborador da Via Latina. Enquanto praticante de natação, representou a Académica.
Em 1962, foi mobilizado para Angola, tendo aí participado numa tentativa de revolta militar, pelo que esteve preso em Luanda. Libertado, foi desmobilizado e enviado para Coimbra em regime de residência fixa. Em 1964, exilou-se em Argel, onde viveu dez anos. Ali seria dirigente da Frente Patriótica de Libertação Nacional (FPLN), presidida por Humberto Delgado, e principal responsável e locutor da emissora de combate à ditadura. Após o 25 de Abril, regressou a Portugal, passando a dedicar-se à política. Fez parte do 1º Governo Constitucional e tem sido desde então deputado à Assembleia da República. É também membro do Conselho de Estado, do Conselho das Ordens Nacionais e do Conselho Social da Universidade de Coimbra.
Foi o primeiro português a receber o diploma de membro honorário do Conselho da Europa. Entre outras condecorações, recebeu a Grã Cruz da Ordem da Liberdade (Portugal), a Comenda da Ordem de Isabel a Católica (Espanha) e a Medalha de Mérito do Conselho da Europa.
Como poeta, começa a destacar-se nas colectâneas Poemas Livres (1963-1965), publicadas em Coimbra e com o «Cancioneiro Vértice». Mas o grande reconhecimento dos leitores e da crítica nasce com os seus dois volumes de poemas, Praça da Canção (1965) e O Canto e as Armas (1967), logo apreendidos pelas autoridades, mas com grande circulação nos meios intelectuais. Começando por tomar como base temática a resistência ao regime, o exílio, a guerra de África, a poesia de Manuel Alegre evoluiria para um registo épico e lírico com uma escrita rítmica e melódica que pode ser recitada ou musicada. Daí ser tido como o poeta português mais musicado e cantado. Urbano Tavares Rodrigues afirmou: «Os dois grandes veios que alimentam a poesia de Manuel Alegre, o épico e o lírico, confluem numa irreprimível vocação órfica que dele faz o mais musical (e o mais cantável) dos poetas portugueses contemporâneos.»
Estreando-se na ficção com Jornada de África, em 1989, Manuel Alegre não deixa de arrastar para a prosa a sua vocação fundamental de poeta. «A poesia é a sua pátria», lembra Marie Claire Wromans, e confirma-o a prosa de A Terceira Rosa.
Manuel Alegre tem colaboração dispersa por muitos outros jornais e revistas culturais, de que destacamos: A Poesia Útil (Coimbra, 1962), Seara Nova, o suplemento do Diário Popular «Letras e Artes», Cadernos de Literatura (Coimbra, 1978-), Jornal de Poetas e Trovadores (Lisboa, 1980-) e JL: Jornal de Letras, Artes e Ideias. Está traduzido para alemão, francês, italiano, romeno e castelhano, e incluído em antologias portuguesas e estrangeiras.
Em 1962, foi mobilizado para Angola, tendo aí participado numa tentativa de revolta militar, pelo que esteve preso em Luanda. Libertado, foi desmobilizado e enviado para Coimbra em regime de residência fixa. Em 1964, exilou-se em Argel, onde viveu dez anos. Ali seria dirigente da Frente Patriótica de Libertação Nacional (FPLN), presidida por Humberto Delgado, e principal responsável e locutor da emissora de combate à ditadura. Após o 25 de Abril, regressou a Portugal, passando a dedicar-se à política. Fez parte do 1º Governo Constitucional e tem sido desde então deputado à Assembleia da República. É também membro do Conselho de Estado, do Conselho das Ordens Nacionais e do Conselho Social da Universidade de Coimbra.
Foi o primeiro português a receber o diploma de membro honorário do Conselho da Europa. Entre outras condecorações, recebeu a Grã Cruz da Ordem da Liberdade (Portugal), a Comenda da Ordem de Isabel a Católica (Espanha) e a Medalha de Mérito do Conselho da Europa.
Como poeta, começa a destacar-se nas colectâneas Poemas Livres (1963-1965), publicadas em Coimbra e com o «Cancioneiro Vértice». Mas o grande reconhecimento dos leitores e da crítica nasce com os seus dois volumes de poemas, Praça da Canção (1965) e O Canto e as Armas (1967), logo apreendidos pelas autoridades, mas com grande circulação nos meios intelectuais. Começando por tomar como base temática a resistência ao regime, o exílio, a guerra de África, a poesia de Manuel Alegre evoluiria para um registo épico e lírico com uma escrita rítmica e melódica que pode ser recitada ou musicada. Daí ser tido como o poeta português mais musicado e cantado. Urbano Tavares Rodrigues afirmou: «Os dois grandes veios que alimentam a poesia de Manuel Alegre, o épico e o lírico, confluem numa irreprimível vocação órfica que dele faz o mais musical (e o mais cantável) dos poetas portugueses contemporâneos.»
Estreando-se na ficção com Jornada de África, em 1989, Manuel Alegre não deixa de arrastar para a prosa a sua vocação fundamental de poeta. «A poesia é a sua pátria», lembra Marie Claire Wromans, e confirma-o a prosa de A Terceira Rosa.
Manuel Alegre tem colaboração dispersa por muitos outros jornais e revistas culturais, de que destacamos: A Poesia Útil (Coimbra, 1962), Seara Nova, o suplemento do Diário Popular «Letras e Artes», Cadernos de Literatura (Coimbra, 1978-), Jornal de Poetas e Trovadores (Lisboa, 1980-) e JL: Jornal de Letras, Artes e Ideias. Está traduzido para alemão, francês, italiano, romeno e castelhano, e incluído em antologias portuguesas e estrangeiras.
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