Luis Sepúlveda
Escritor chileno mais reconhecido no estrangeiro do que na sua terra
natal. Através da publicação do seu romance “Un viejo que leía novelas de amor
“ (1992) converteu-se num dos escritores latino-americanos más lidos em todo el
mundo.
Desde jovem realizou numerosas viagens, de Punta Arenas a Oslo e de
Barcelona a Quito. Visitou também a selva amazónica e o deserto do Sahara.
Politicamente comprometido, sofreu na prisão durante a ditadura de Pinochet e
posteriormente abandonou o país. O exílio o levou à Europa, onde foi publicando
a maioria dos seus romances e relatos, sem mostrar um especial desejo de regressar
ao seu país, o que lhe valeu diversas críticas durante algum tempo. Da mesma
forma Isabel Allende, a sua obra literária não foi valorizada em consonância
com o seu êxito de vendas.
Do seu ideário político e social destaca-se a sua preocupação pelo desequilíbrio
do planeta e portanto pela humanidade. Pese embora o seu compromisso político, a
sua obra oferece elementos menos comprometedores, mais cosmopolitas, ainda que
contenha certos rasgos de moral e de alento profético. Sepúlveda se mostra
admirador de Júlio Verne y de Joseph Conrad, assim como dos chilenos Manuel
Rojas, Pablo de Rokha y Carlos Droguett. Com uma linguagem direta, de rápida
leitura, carregada de anedotas, os seus livros denunciam o desastre ecológico
que afeta o mundo e criticam o comportamento humano egoísta, mas também mostram
e exaltam as mais maravilhosas manifestações da natureza.
A obra que o deu a conhecer, “Un viejo que leía novelas de amor”
(1992), é uma história repleta de aventuras que se passam na selva equatoriana,
no mundo dos índios shuar o jíbaros; o livro mereceu os prémios Juan Chabás de romance
curto y Tigre Juan.
Se seguiram “Mundo del fin del mundo” (1994), sobre a criminosa caça
de baleias praticada por empresas japonesas; “Nombre de torero” (1994), a sua
primeira novela negra; “Patagonia Express” (1995), un livro de viagens; o conto
“Una gaviota y del gato que le enseñó a volar” (1996), pensado para os seus
filhos e cujo conteúdo ecológico está muito bem exposto, e finalmente o livro
de relatos “Desencuentros “ (1997) y o mais recente “Diário de um Killer
sentimental” (1998), através do qual parece, segundo algumas interpretações,
que o autor abre a sua obra a novos caminhos.
Entre los últimos títulos da sua produção encontram-se “Historias
marginales” (2000), Hot line (2002), romance negro protagonizada por um detetive
mapuche, “Los peores cuentos de los
hermanos Grim” (2004), escrito em colaboração com Mario Delgado Aparaín, y “La
sombra de lo que fuimos” (premio Primavera 2009). Muitas das suas obras
encontram-se traduzidas na nossa língua.
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