António Alves Redol
Vila Franca de Xira, 29 de Dezembro de 1911 – Lisboa, 29 de Novembro de 1969), escritor, considerado como um dos expoentes máximos do neo-realismo português.
Começou a trabalhar ainda bastante jovem, devido situação modesta da sua família. Parte para Angola, aos 16 anos, procurando melhores condições de vida, regressando a Portugal três anos depois. Junta-se ao Movimento de Unidade Democrática (MUD), que se opunha ao regime do Estado Novo, e filia-se no Partido Comunista, escrevendo artigos no jornal O Diabo.
Introduziu o neo-realismo em Portugal com o romance Gaibéus (1939), nome dado aos camponeses da Beira que iam fazer a ceifa do arroz ao Ribatejo, em meados do século XX. Daí em diante sua obra revela uma grande preocupação social, ainda que velada, dada a censura e a perseguição política movida pelo regime de Salazar aos oposicionistas, e nomeadamente aos simpatizantes do PCP, como era o caso. Chegou mesmo a sofrer prisão política tendo sido torturado.
O seu último romance, Barranco de Cegos, de 1962, é considerado sua obra-prima e afirma sua nova fase, em que a intervenção política e social é posta em segundo plano, dando lugar a um cuidado especial com as personagens e a sua evolução psicológica.
Obras Literárias
• Gaibéus (1939)
• Marés (livro) (1941)
• Avieiros (1942)
• Fanga (1943)
• Os Reinegros (1945)
• Anúncio
• Porto Manso (1946)
• Ciclo Portwine (composto de três romances: Horizonte Cerrado (1949), Os Homens e as Sombras (1951) e Vindima de Sangue (1953) )
• Olhos de Água (1954)
• A Barca dos Sete Lemes (1958)
• Uma Fenda na Muralha (1959)
• Barranco de Cegos (1962), considerada a sua obra-prima.
• A Vida Mágica da Sementinha
• Constantino, Guardador de Vacas e de Sonhos
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