Aos pés tens mocidade
Ao peito vida salgada
Na nuca a boca do mundo
Quem em ti cai
Às vezes não sai
Tens fundo
Tens idade
Tens canto de sereia apaixonada
Tens amor
Para dar
E por tristeza menor
Não contas as mortes já pela mão
Queres apanhar
Mas não te dão
O que tu queres receber
Pois se eles te derem deixam de viver
Tens corpo salgado
E és virgem desde que nasceste
Pois nunca aprendeste
A contar historias de paixão
Querias que te pagassem um milhão
Para cantar em coro emperrado
Teu vestir
Azul afogado
Mata muita gente
Só de olhar
Para tua mente
O surfista fica apatetado
Pois não sabia nadar
E teve que cair
Nas ondas que teu corpo arquitectou
E teu pai planeou
Para andares reluzente
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