que são os jornaleiros do Ribatejo ou da Beira Baixa que vão trabalhar nas lezírias durante as mondas, é o primeiro romance de Alves Redol e inaugura, em 1939, o neo-realismo em Portugal.
Retrata "um povo resignado que luta afincadamente durante o tempo quente, antes da chegada do Inverno, em condições extremas para fazer render os poucos cobres que lhes pagam por tamanha dureza. Por um lado o trabalho árduo de sol a sol, as doenças (malária), a fadiga e a teimosia em cada vez se fazer o trabalho mais rápido para mais rendimento obter, a sede, a fome, a pobreza extrema. Por outro lado, o modo como preenchiam as escassas horas de lazer, os sonhos de uma vida melhor, os projetos sem logro, o vinho para alegrar os espíritos. As mulheres ainda sofrem de outro tipo de exploração, sendo sujeitas aos caprichos do senhor das terras que as escolhe para os seus prazeres carnais."
A obra marca o estilo inaugural de Redol, autor marxista que procura através das palavras denunciar as desigualdades sociais e a exploração do homem pelo homem.
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