terça-feira, 30 de março de 2010

Algumas curiosidades


O Pinus aristata
As árvores mais velhas que existem à superfície do globo terrestre são o Pinus aristata, existindo alguns exemplares com mais de 8000 anos nas Montanhas Brancas dos Estados Unidos da América, a cerca de 2700 m de altitude.


A Lodoicea maldivica (Arecaceae)

A maior semente do mundo é o “côco do mar”, que pode chegar a pesar mais de 20 kg. É produzida por uma espécie de palmeira, a Lodoicea maldivica (Arecaceae), que é endémica da Ilha de Praslin, uma das muitas ilhas do arquipélago Índico das Seychelles.


Embondeiro

O embondeiro é o símbolo da savana, podendo viver mais de 1000 anos. Durante a estação das chuvas, as raízes absorvem o máximo de água, que depois é armazenada no tronco, que começa a inchar, a inchar, podendo alargar 9 metros de diâmetro. É difícil ver o embondeiro florir, porque as suas flores só abrem ao cair da noite e morrem no dia seguinte de manhã.

Sequóia

As sequóias são as árvores mais altas do mundo, estando referenciadas seis com mais de 100 m de altura, todas no estado da Califórnia. Em Portugal existe uma sequóia de dimensão apreciável em Vidago




Ginkgo biloba

De origem chinesa, esta árvore é considerada um fóssil vivo, pois data de há mais de 200 milhões de anos. É símbolo de paz e longevidade. Foi descrita pela primeira vez pelo médico alemão Engelbert Kaempfer, por volta de 1690, mas só despertou o interesse dos pesquisadores após a Segunda Guerra Mundial, quando perceberam que a planta tinha sobrevivido à radiação em Hiroshima, brotando no solo da cidade devastada.


Árvore de Pão

Os maiores frutos são os da árvore de pão, chegam a pesar 4 kg e sabem realmente a pão.




Nogueira

A nogueira cresce sempre só, porque produz uma substância nas suas folhas, que impede a germinação das outras plantas. Quando chove essa substância é arrastada pela água que cai sobre as folhas e contamina a terra.


Bambu

O bambu detém o recorde de crescimento.
Pode crescer 1,2 m em 24h.












segunda-feira, 29 de março de 2010


As árvores …

têm um papel importantíssimo no ecossistema, pois são responsáveis por manter mais de 50% da biodiversidade;
retêm CO2;
reduzem a poluição sonora e dos ventos;
promovem a saúde dos solos e evitam a erosão;
mantêm a humidade do ar;
fornecem a base para produtos como medicamentos e chás;
fornecem frutas, flores, sementes, fibras, madeira, látex, resinas e pigmentos;
são uma beleza natural que conforta o nosso olhar e contribuem para a nossa paz de espírito.

A comemoração oficial do Dia da Árvore teve lugar pela primeira vez no estado norte-americano do Nebraska, em 1872. John Stirling Morton conseguiu convencer a população a consagrar um dia no ano à plantação ordenada de diversas árvores para resolver o problema da escassez de material lenhoso.
A Festa da Árvore rapidamente se expandiu a quase todos os países do mundo, e em Portugal comemorou-se pala primeira vez a 9 de Março de 1913.
Em 1971 e na sequência de uma proposta da Confederação Europeia de Agricultores, que mereceu o melhor acolhimento da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), foi estabelecido o Dia Florestal Mundial com o objectivo de sensibilizar as populações para a importância da floresta na manutenção da vida na Terra.
Em 21 de Março de 1972 - início da Primavera no Hemisfério Norte - foi comemorado o primeiro DIA MUNDIAL DA FLORESTA em vários países, entre os quais Portugal.

O Dia Mundial da Floresta



Precisamos urgentemente de restituir à natureza as árvores que dela fomos retirando.
Protejamos as árvores.

Pégadas de Gaivota


Pégadas de gaivota



Era uma vez uma gaivota na praia. Sozinha. Não havia banhistas, porque ainda não era o tempo deles.
Nas praias desertas, antes do Verão, a areia muito lisa até parece passada a ferro. Sem uma única ruga. Sem um único sinal de vida.
Nisto pensava a gaivota, enquanto se entretinha, saltinho sobre saltinho, a imprimir na areia as suas pégadas de gaivota nova.
Três dedos espetados para a frente e zás! Eu estive aqui. E aqui. E aqui.
Atrás da gaivota, o rasto dos seus passos.
Mais logo, as ondas do mar, na maré cheia, apagariam a passagem da gaivota por aquela praia sem ninguém. Mas, até lá, muita coisa iria suceder.
Chegada à beira de um rochedo, a gaivota virou-se para trás e contemplou o caminho que fizera pela praia toda. Suspirou.
Pois é. As gaivotas também suspiram. Suspiram de tristeza, quando estão sós.
Virou-se para a frente, para continuar o seu passeio descuidado, quando sentiu um baque de susto. Não que tivesse visto um bicho, mas viu, na areia molhada, à sua frente, a marca de outras pégadas iguais às dela. Os mesmos três dedos espetados para a frente. Tal e qual.
Esvoaçou.
Mediu de cima o terreno em volta e foi então que deu com outra gaivota, aninhada atrás de uma rocha. Era uma gaivota fêmea. E ela, a gaivota da nossa história, uma gaivota macho.
Já não estava sozinha. Já não estavam sozinhas. Entraram à fala uma com a outra.

Falaram do mar, das ondas, dos peixes e da friagem da noite, quando, sem o calor de outras penas, se abrigavam numa fenda da falésia.
O resto não tem conto. Adivinha-se. Estavam feitas uma para a outra, como se costuma dizer.
Desconfio que, antes de chegar o Verão, outras patinhas novas, mais pequenas, vão povoar aquelas areias. Cada vez há mais gaivotas.




António Torrado in Histórias do Dia

quarta-feira, 17 de março de 2010

Quatro amigos


Quatro Amigos



Eram quatro búfalos muito amigos. Que nenhum bicho se metesse com eles! Verdade se diga que não havia quem se atrevesse a desafiar os quatro possantes animais, aprestados com um equipamento de chifres de alto lá, com todo o respeito. Somados, valiam por oito lanças.
Sempre perto uns dos outros, os quatros búfalos pastavam na savana como se cada um fosse o vértice de um quadrado.
Se fossem três formariam um triângulo. Se fossem dois uma linha com duas pontas. Se fosse um não formaria nenhuma figura geométrica. Seria apenas um corpo vagaroso, de costados largos, à mercê das garras e da dentuça de algum animal carniceiro.
"Uma tentação", pensava, meneando a juba, o senhor leão, observando de um outeiro os quatro inseparáveis amigos.
Mas atacar um, à vista dos outros, era arriscar a vida. Cada chifre um golpe fundo, dos que, uma vez abertos, nunca mais fecham. E lá se dissiparia para nada o sangue precioso do senhor leão.
"Ná. Nessa não caio eu", pensava ele. "Tenho primeiro de apartá-los".
E o senhor leão urdiu um plano de caça, que começava por uma intriga que nem condizia com a sua apregoada dignidade. Mas era tudo para afinar a pontaria, quando chegasse a altura...
- Sabe que os quatro búfalos se desentenderam? Por terem troçado dos chifres tortos de um deles... - contou o leão ao chacal.
- Mas guarde segredo, por enquanto. Não espalhe.
Tratando-se do chacal, um desbocado, o aviso transformava-se em notícia, lançada aos quatro ventos.
Pouco depois, toda a selva estava ao corrente. Até os próprios búfalos.
- Então vocês estão de mal comigo? - perguntou um deles, já muito amuado, aos restantes colegas.
- O que me contaram foi que tu andas a rir-te dos meus chifres - ripostou um dos outros.
Entraram em discussão. E, estupidamente, acabaram mesmo por desentender-se. Foi cada qual para seu lado, muito ofendido com os parceiros.
Era o que o leão calculava.
Estava o terreno aberto para Sua Majestade praticar o seu desporto favorito.
O leão foi-se a um e aniquilou-o.
Foi-se ao seguinte e tal e qual.
Não merece a pena prosseguir. Contem até quatro.
O resto dos despojos, que o leão já não quis, foram para o chacal.





António Torrado in História do Dia

A Gaivota que não queria ser




Era uma vez uma gaivota que gostava de ser pomba.
Dizia ela que as gaivotas não servem para nada, ao passo que as pombas sempre servem para alguma coisa.
- Levam cartas, mensagens, avisos de um lado para o outro - explicava ela às outras gaivotas. - São as pombas ou os pombos-correios.
- Também há quem as cozinhe com ervilhas - interrompeu-a uma gaivota trocista.
- Essa serventia a nós não nos interessa - arrepiaram-se as outras gaivotas, que voaram, alarmadas
Ficou sozinha a gaivota que queria ser pomba.
Servir de cozinhado também não estava nas suas ambições, mas à falta de outro préstimo... E pensou: "Gaivota estufada", "Gaivota de cabidela", "Gaivota guisada com batatas"...
Realmente, não lhe soava bem. E menos bem devia saber, porque nunca lhe constara que os humanos, de boca aberta para todos os gostos, tivessem incluído tais receitas nos seus livros de cozinha.
A gaivota que queria ser pomba ficou a olhar o mar. Ia abrir as suas asas para as lançar sobre as ondas, à cata de peixinho para o almoço, quando um estranho torpor lhe tomou o corpo. Deteve-se. Encolheu-se. Tapou a cabeça com uma asa. Aquilo havia de passar.
As outras gaivotas, que há pouco tinham debandado, regressavam à praia, apanhadas pelo mesmo entorpecimento que atingira a gaivota desta história.
Formaram um bando tiritante, rente ao mar.
Umas, levantadas numa só pata, outras escondidas numa cova da areia, olhavam as águas esverdinhadas, espumosas, como turistas descontentes com a paisagem.
- Estão as gaivotas em terra - disse uma voz humana, abrindo uma janela, junto à praia. - Vai haver tempestade. Sendo assim, já não me arrisco a ir para o mar.
De facto, quando as gaivotas ficam em terra, os pescadores sabem que o tempo vai mudar. Elas é que dão o sinal. Elas é que sabem. Elas é que pressentem quando a tempestade se aproxima.
- "Afinal sempre tenho alguma utilidade", pensou a gaivota que queria ser pomba, toda enrolada numa bola de penas, e, daí em diante, preferiu continuar a ser gaivota.




António Torrado in História do Dia


quarta-feira, 3 de março de 2010

O nosso primeiro Post

A equipa da Biblioteca construiu este blogue para divulgar as actividades realizadas na escola.
Esperamos que seja útil e do vosso agrado e contamos desde já com a vossa colaboração através de comentários, trabalhos, sugestões, ...

Até breve! :)