segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Este mês sugerimos ouvir...


 O álbum de estreia de Aurea, foi editado a 27 de Setembro 2010. Desde então, o primeiro trabalho da cantora natural de Santiago de Cacém esteve 28 semanas no Top 5 Nacional de Vendas de Cds (AFP), tendo permanecido 8 semanas seguidas no 1.º lugar. 
Neste percurso, o álbum homónimo de Aurea atingiu a marca de Platina. Pelo meio ficam vários showcases nas FNAC, concertos de apresentação, um dueto do tema ‘Love me Tender’ com Elvis Presley (aprovado pela família do mesmo e incluído no álbum ‘Viva Elvis’, editado no final de 2010), um S. Jorge esgotado e uma digressão nacional que percorreu várias cidades, sempre acompanhada por um grande banda de músicos conceituados.
Em maio, o talento de Aurea foi reconhecido na gala Globos de Ouro, onde lhe foi atribuído um galardão na categoria de ‘Melhor Intérprete Individual’. Nesta entrega de prémios, Aurea recebeu três nomeações, feito inédito para um artista nacional.
Detentora de uma voz poderosa e cativante, apesar dos seus 23 anos, Aurea tomou de assalto as ondas hertzianas nacionais com o single de estreia “Busy (For Me)”, que marca a toada deste primeiro registo homónimo, contagiante e eclético, que tem na sua imensa voz o fio condutor. Seguiu-se o não menos fabuloso e atrevido single ‘No No No No (I Don’t Want Fall In Love With You Baby)’ e chegam agora às rádios o descontraído ‘Ok, Alright’, para fazer companhia neste tempo de férias, e o melancólico ‘The Only Thing That I Wanted’, a perfeita banda-sonora para o regresso de férias.
Aurea tem a voz do tamanho do mundo e a sua música também não conhece fronteiras. O talento de Aurea para cantar é inato, um dom que não escolhe qualquer um. No entanto, a ajuda da família (que desde sempre esteve ligada à música) foi fundamental no fortalecimento dos laços afetivos por esta área artística.
A frequência no curso de Teatro da Universidade de Évora foi o despertar de Aurea no sentido de uma carreira musical. Juntamente com a equipa da Blim Records, responsável pela composição, produção e direção musical deste álbum, Aurea apresenta neste primeiro trabalho um registo pop/soul mas com várias nuances de diversos estilos musicais. Tal como Aurea, este trabalho é musicalmente eclético.

Este mês sugerimos ver o filme...


A domadora de baleias
 Numa pequena aldeia costeira da Nova Zelândia, o título de Grande Chefe vai passando de geração para geração, numa tradição que dura há mais de mil anos.
Porourangi, o sucessor do atual Grande Chefe, tem dois gémeos: um rapaz que morre com a mãe à nascença, e uma rapariga, Pai, que sobrevive. Abalado com a tragédia, Porourangi parte para a Alemanha e deixa a filha entregue ao avô, Koro, o Grande Chefe.
Passados 12 anos, Porourangi regressa a casa e recusa o seu destino, o de suceder a Koro que, cego pelo preconceito, não se convence que Pai é a natural herdeira. Koro manda então chamar todos os rapazes de 12 anos para tentar encontrar um novo líder.
Mas é entretanto, do fundo do oceano que vem a resposta. As baleias e Pai, preparam-se para encontrar o seu destino conjunto.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Morrer de Amor é Assim


Quem morre de tempo certo
ao cabo de um certo tempo
é a rosa do deserto
que tem raízes no vento.

Qual a medida de um verso
que fale do meu amor?
Não me chega o universo
porque o meu verso é maior.

Morrer de amor é assim
como uma causa perdida.
Eu sei, e falo por mim,
vou morrer cheio de vida.

Digo-te adeus, vou-me embora,
que os versos que eu te escrever
nunca os lerás, sei agora
que nunca aprendeste a ler.

Neste dia que se enquadra
no tempo que vai passar,
termino mais esta quadra
feita ao gosto popular.

Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Conheces o autor do mês?


Jorge Leal Amado de Faria (Itabuna, 10 de agosto de 1912 — Salvador, 6 de agosto de 2001) foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos.
Ele é o autor mais adaptado da televisão brasileira, verdadeiros sucessos como Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerra são criações suas, além de Dona Flor e Seus Dois Maridos e Tenda dos Milagres. A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para o cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Os seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em braille e em fitas gravadas para cegos.
Em 1994 viu a sua obra ser reconhecida com o Prémio Camões, o Nobel da língua portuguesa.
No ano seguinte ao do seu nascimento, uma praga de varíola obriga a família a deixar a fazenda e a se estabelecer em Ilhéus, onde viveu a maior parte da infância, o que lhe serviu de inspiração para vários romances. Foi para o Rio de Janeiro, então capital da república, para estudar na Faculdade de Direito da então Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Durante a década de 1930, a faculdade era um polo de discussões políticas e de arte, tendo ali travado seus primeiros contatos com o movimento comunista organizado.
Foi jornalista, e envolveu-se com a política ideológica, tornando-se comunista, como muitos de sua geração. São temas constantes em suas obras os problemas e injustiças sociais, o folclore, a política, crenças e tradições, e a sensualidade do povo brasileiro, contribuindo assim para a divulgação deste aspeto do mesmo. As suas obras são umas das mais significativas da moderna ficção brasileira, com 49 livros, propondo uma literatura voltada para as raízes nacionais. Em 1945, foi eleito deputado federal pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), o que lhe rendeu fortes pressões políticas. Como deputado, foi o autor da emenda que garantiu a liberdade religiosa, viu o sofrimento dos que seguiam os cultos vindos da bela África, no Ceará viu protestantes saqueados por fanáticos com uma cruz à frente, então correu atrás de assinaturas até conseguir a aprovação da sua emenda, e desde então a liberdade religiosa tornou-se lei. Também foi autor da emenda que garantia direitos autorais. Foi casado com Zélia Gattai, também escritora, que o sucedeu na Academia Brasileira de Letras. Teve três filhos: João Jorge, sociólogo, Paloma, e Eulália.
Viveu exilado na Argentina e no Uruguai (1941 a 1942), em Paris (1948 a 1950) e em Praga (1951 a 1952). Escritor profissional, viveu exclusivamente dos direitos autorais dos seus livros. Recebeu no estrangeiro os seguintes prémios: Prêmio Lenine da Paz (Moscou, 1951); Prêmio de Latinidade (Paris, 1971); Prémio do Instituto Ítalo-Latino-Americano (Roma, 1976); Prémio Risit d'Aur (Udine, Itália, 1984); Prémio Moinho, Itália (1984); Prêmio Dimitrof de Literatura, Sofia — Bulgária (1986); Prémio Pablo Neruda, Associação de Escritores Soviéticos, Moscou (1989); Prémio Mundial Cino Del Duca da Fundação Simone e Cino Del Duca (1990); e Prémio Camões (1995).
No Brasil: Prémio Nacional de Romance do Instituto Nacional do Livro (1959); Prémio Graça Aranha (1959); Prêmio Paula Brito (1959); Prémio Jabuti (1959 e 1995); Prémio Luísa Cláudio de Sousa, do Pen Club do Brasil (1959); Prémio Carmen Dolores Barbosa (1959); Troféu Intelectual do Ano (1970); Prémio Fernando Chinaglia, Rio de Janeiro (1982); Prémio Nestlé de Literatura, São Paulo (1982); Prémio Brasília de Literatura — Conjunto de obras (1982); Prémio Moinho Santista de Literatura (1984); Prémio BNB de Literatura (1985).

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre

Este mês sugerimos o livro...

"Prefiro esquecer, esquecer-te até se preciso for, para viver como tu vivias, apreciando cada momento - sobretudo os dolorosos, pela lucidez que trazem como bónus - desta tão precária maravilha a que chamamos existência. Tantas vezes te aconselhei as virtudes do silêncio. Queria calar-te para te proteger, sim. Há poucas pessoas apetrechadas para a verdade - mesmo nós, quantas vezes não fechámos à chave umas verdadezitas mais cortantes para não nos magoarmos? Creio que me fazes - schiuuu! - assim, com uma vagar de embalo, sempre que a voz da minha consciência ( seja lá isso o que for) sobe o tom para me acusar pelo que não te dei. Creio sem crer, como um condenado. Afinal de contas, não tenho nada a perder. Mesmo que os anjos não existam, as asas com que te vejo, sentada na beira da minha cama, do cume enlouquecendo da minha insónia, ficam-te melhor do que todas as toilettes. Esforço a imaginação, estendo-a até aos teus dedos, mas não consigo mais do que um ligeiro raçagar de asas. São lençóis que agito, bem sei - mas não me concederás a graça de transformar a fímbria do meu lençol na ponta dos teus dedos?"


Excerto do livro de Inês Pedrosa, Fazes-me Falta

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Poetas populares

Voltamos a contar este ano, no dia 14 de Fevereiro, com a visita de poetas populares à nossa biblioteca, a Dª Lídia Vaz e o Sr. Vítor Loução, que deram a conhecer aos nossos alunos do 7º ano várias quadras populares e textos da sua autoria e que deliciaram os ouvintes. Alguns dos alunos também leram algumas quadras da sua autoria dedicadas aos nossos visitantes. Aos dois o nosso obrigado pela sua presença, bem como à biblioteca municipal que tornou possível a sua vinda.





Poesia de S. Valentim

No dia 14 de Fevereiro, para comemorar o dia dos namorados, vários grupos de alunos da nossa escola visitaram os colegas de outras turmas e presentearam-os com a leitura de poemas e textos alusivos ao amor, tendo os poemas de Fernando Pessoa sido os mais declamados.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Concurso de Fotografia

Concurso de Fotografia

REGULAMENTO DO CONCURSO DE FOTOGRAFIA


TEMA

“Solidariedade/Cooperação”

Durante a SEMANA DA LEITURA, a Biblioteca Escolar vai realizar um concurso de fotografia inserido no tema “solidariedade/cooperação” – tema da Semana da Leitura neste ano letivo.

1. Concurso aberto a toda a comunidade escolar;

2. Cada pessoa pode concorrer com 3 fotografias, no máximo, de índole pessoal inseridas no tema apresentado;

3. As fotografias terão que ser apresentadas em formato digital.

4. As fotos a concurso serão enviadas para o endereço eletrónico da biblioteca biblioteca@esaic.pt. Nas fotos não deverá constar qualquer identificação.

5. A seleção das melhores fotos estará a cargo de um júri composto por 3 elementos.

Prazo

Os concorrentes deverão enviar as fotos a concurso até ao dia 14 de Março. A exposição das fotografias a concurso decorre na semana de 19 a 23 de Março, sendo selecionado o vencedor na quinta-feira, dia 22, na Biblioteca Escolar.

Prémio

1. A fotografia mais votada recebe um prémio.

2. Haverá duas menções honrosas para a segunda e terceira melhor votadas.

3. Os resultados serão anunciados nos expositores da Biblioteca e no blogue da Biblioteca.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Lua cheia


 O jovem hipopótamo olha-se no espelho do lago e diz, tristemente:
- Sou tão feio! Tenho a boca enorme, dentes separados, uns olhos de choro, orelhas ridículas e um corpo... oh, um corpo tão deselegante, tão desajeitado que nunca vou poder dançar com ninguém.
O jovem elefante também se olha no espelho do lago e diz, tristemente:
- Sou tão feio! Tenho uma tromba imensa, orelhas de abano, olhinhos piscos e um corpo... oh, um corpo tão trangalhadanças e descomunal que nunca vou poder jogar às escondidas com ninguém.
Mas, quando o jovem hipopótamo, depois de, tristemente, se ter mirado no espelho do lago, levantou a cabeça, viu, na outra margem, uma jovem hipopótama.
- Que linda! - exclamou. - Tem uma boca grande e expressiva, dentes bem implantados, uns olhos enternecidos, orelhas mimosas e um corpo tão elegante que apetece logo convidá-la para dançar.
Também o jovem elefante, depois de, tristemente, se ter visto reflectido no espelho do lago, ao levantar a cabeça, deparou com uma jovem elefanta, na outra margem.
- Que encantadora! - exclamou.
- Tem uma tromba ondulante, orelhas cheias e contentes, uns olhinhos maliciosos e um corpo tão resplandecente de vida que apetece logo pedir para jogar às escondidas com ela.
É de ficar por aqui.
A estas horas, o jovem elefante e o seu par jogam às escondidas, correm, perseguem-se, riem, à beira do lago. Que felizes que eles estão!
Estão eles e estamos nós.
Até a Lua, bem redonda e festiva, que sobe pela noite, se debruça lá do alto, para não perder nem um pouco de perfume da Primavera, a despontar na terra, nos animais, nas plantas, em tudo o que é vida e anuncia a felicidade.



António Torrado

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012